Wellington Dias é apontado como braço vitorioso da campanha de Lula no Nordeste
Em matéria assinada por Carla Araújo, Felipe Pereira e Lucas Borges Teixeira, do portal UOL, intitulada “Políticos, família, ‘de confiança’: quem faz campanha com Lula e Bolsonaro“, o ex-governador do Piauí e senador eleito pelo PT do Piauí, Wellington Dias, é apontado como braço do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha eleitoral deste ano para a Presidência da República na região Nordeste.
Conforme o portal, Wellington Dias, governador de quatro mandatos, é o principal coordenador da campanha na região em que Lula teve melhor desempenho no primeiro turno. “Junto ao deputado José Guimarães (PT-CE), a governadora Fátima Bezerra (PT-RN) e o senador Camilo Santana (PT-CE), Dias articulou grande parte das alianças na região”, sublinha a matéria.
Economia
O senador eleito do Piauí também foi entrevistado pela revista Veja (Em silêncio publicamente, PT articula plano econômico nos bastidores), em que delineia alguns pontos na área da economia em um eventual governo petista no Brasil. Segundo Wellington Dias, o foco principal das conversas é recuperar o crescimento e criar um ambiente de negócios com estabilidade, confiança e previsibilidade. “Lula já se comprometeu com a maioria delas”, diz o petista.
A revista pontua que um dos principais pontos da área econômica é uma revisão da lei orçamentária aprovada para o ano que vem, ainda durante o governo de transição. “A atual LDO, segundo avaliações internas, praticamente inviabiliza o futuro governo por ter destinado muito recurso para as chamadas emendas do relator – aquelas do orçamento secreto – e ter colocado em segundo plano áreas essenciais para a população, como a educação. Já se fala em fazer articulações com o relator do orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), e com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD), com quem o PT mantém relações republicanas.”
Na matéria com Dias, a Veja cita duas prioridades que serão encampadas: destinar recursos para a conclusão de cerca de 18 mil obras que estão inacabadas, conforme levantamento de parlamentares da legenda, e a obtenção de verbas para atendimento de situações emergenciais, como as filas na área da saúde e as campanhas de vacinação.
“No que diz respeito à política fiscal, o PT quer estabelecer um plano de longo prazo para fazer o país voltar a diminuir o tamanho da dívida pública. O comprometimento com o teto de gastos é visto como inviável pelo fato de a previsão constitucional ter virado uma peça de ficção, com o governo sendo obrigado a negociar um estouro no Orçamento todos os anos.”
O eventual governo Lula estaria trabalhando eixos estruturais para alavancar a economia, como transição energética, infraestrutura e bioeconomia, tratando os biomas mais delicados do território brasileiro não apenas sob o olhar conservacionista, mas também do desenvolvimento sustentável. “Nesse sentido, pretende fortalecer a Zona Franca de Manaus.”
A revista cita ainda que em relação ao crédito, a ideia é buscar novas fontes de financiamento para que o Estado recupere sua capacidade de investimento. “A meta é chegar a 5,5% do PIB. Um dos recursos estudados é fazer um levantamento da dívida ativa da União, ranqueando os papéis de acordo com métricas aplicadas pelas instituições financeiras, para a criação de um fundo de recebíveis com títulos negociados no mercado. Estima-se que um quarto do total da dívida possa entrar nesse instrumento.”
“Por fim, há também previsão de gestos diretos e imediatos para a classe média: correção da tabela do imposto de renda; concessão de empréstimos, via BNDES, a trabalhadores autônomos e microempreendedores individuais (MEIs) e um programa de renegociação de dívidas (seguindo proposta já apresentada por Ciro Gomes) no sentido de subsidiar a dívida das famílias”, destaca a Veja.
A revista finaliza a matéria com uma observação de Wellington Dias: “Quer saber como vai ser o governo Lula? Olhe para os estados em que o PT governa no Nordeste e que agora foram reeleitos”.
Fonte: Com informações UOL/Veja