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Governo perde a identidade anunciada ao abrigar Centrão

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Com o retorno dos trabalhos no Congresso, Planalto vai acelerar a entrada dos partidos do Centrão no primeiro escalão. PT, porém, tenta manter espaços.

Pressionado pelo Centrão, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai aos poucos perdendo a identidade anunciada e vendida ao eleitor durante a campanha vitoriosa nas urnas no ano passado. A frente amplamente democrática com maior participação de mulheres e de ampla coalizão partidária vai cedendo espaço para aliados de ocasião, como partidos do Centrão que há menos de um ano eram aliados de Jair Bolsonaro, como o Progressistas e o Republicanos.

Além da repetição dos dois mandatos anteriores de Lula com mais espaço aos aliados de interesse, o governo também vai abrindo espaço para velhos conhecidos de gestões petistas. O presidente já anunciou o nome de Márcio Pochmann para o comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e está empenhado em nomear Guido Mantega para presidir a Vale.
Ao mesmo tempo, Lula tem refletido sobre os pedidos do Centrão para evitar insatisfações dentro do próprio partido e não passar a imagem de que está totalmente nas mãos do bloco. No começo da semana, o presidente defendeu a entrada de mais partidos do Centrão no governo, mas avisou aos interessados que “não é o partido que escolhe o ministério”.
E deu um recado direto ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). “Eu não quero conversar com o Centrão enquanto organização. Eu quero conversar com o PP, quero conversar com o Republicanos, quero conversar com o União Brasil. É assim que a gente conversa”, disse ele.
No último dia 27, Lula telefonou para Arthur Lira e apontou que deve agilizar nesta semana, na volta aos trabalhos do Congresso Nacional, uma conversa com líderes do PP e do Republicanos sobre as trocas ministeriais. A urgência ocorre porque além da votação da nova regra fiscal na Câmara e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo precisa aprovar a medida provisória que atualiza os valores da tabela mensal do Imposto de Renda e taxa os rendimentos no exterior das pessoas físicas residentes no Brasil.
Sob reserva, um parlamentar da base governista enxerga os movimentos de Lula como uma espécie de resposta às ofensivas do Centrão. O presidente quer mostrar que apesar de ceder cargos ao PP e ao Republicanos e negociar ainda novas vagas para PSD, União Brasil e MDB, ainda mantém o governo com aliados de primeira hora. No entanto, alguns movimentos de integrantes do governo vem incomodando símbolos do governo, nomes considerados parte da espinha dorsal dessa frente ampla em prol da candidatura de Lula para derrotar o bolsonarismo.

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