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Flamengo demite Paulo Sousa após treino em Atibaia e acerto com Dorival

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O técnico português tinha contrato por duas temporadas, mas a passagem durou pouco mais de seis meses. Ele foi demitido do cargo após reunião da cúpula do futebol rubro-negro e deve receber agora mais de R$ 7 milhões por multa rescisória.

O desempenho abaixo do esperado foi mascarado com alguns bons resultados e, inclusive, as classificações ao mata-mata da Libertadores, com boa campanha, e às oitavas de final da Copa do Brasil. No entanto, a somatória de atuações ruins, as derrotas para o Atlético-MG pela Supercopa do Brasil e para o Fluminense pela final do Campeonato Carioca, a dificuldade na gestão da crise com o elenco, com destaque para a rusga com o goleiro Diego Alves, e a terceirização da culpa em coletivas foram os fatores determinantes para a troca do comando.

A pressão da torcida favoreceu a queda de Sousa. O técnico foi alvo de protestos nos últimos jogos do Maracanã, visto que foi vaiado nas quatro últimas vitórias no estádio: Fluminense, Sporting Cristal, Goiás e Universidad Católica. As derrotas consecutivas para Red Bull Bragantino e Fortaleza foram a gota d’água para que a passagem chegasse ao fim.

Após a derrota para o Bragantino, Sousa permaneceu em Atibaia com a delegação rubro-negra e, inclusive, comandou o treinamento na tarde de quinta (9) -mesmo quando a diretoria já havia decidido internamente pela demissão;

Enquanto o português seguia o planejamento normalmente, o Flamengo foi ao mercado e iniciou as investidas em busca do substituto. O primeiro procurado foi Cuca, que recusou a proposta, como trouxe o UOL Esporte. Logo depois, o Fla focou em Dorival Júnior, que rapidamente aceitou e agilizou para rescindir com o Ceará. O novo técnico chega ao clube carioca nos próximos dias.

RESPALDO EM MOMENTO DE PRESSÃO

O presidente Rodolfo Landim, o vice-presidente de futebol Marcos Braz, o diretor executivo Bruno Spindel, mantiveram o treinador no cargo mesmo com a forte pressão, interna e externa, que assombrava há mais de meses.

O período de maior turbulência foi durante a vinda de Jorge Jesus ao Brasil para curtir o carnaval do Rio de Janeiro. Na ocasião, após declarações bombásticas ao colunista do UOL Esporte Renato Maurício Prado, o técnico causou um reboliço e a diretoria se viu pressionada para demitir Sousa e negociar com Jesus. Acabou não acontecendo.

RETROSPECTO NO CARGO

No entanto, a manutenção do português no cargo ficou insustentável devido a pressão das últimas semanas e o treinador deixa o clube após 32 jogos: 19 vitórias, sete empates e seis derrotas.

Por Folhapress

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