Acusados de matar quatro pessoas em ritual macabro para ganhar na Mega-Sena são condenados, no Ceará
Dois acusados de cometerem assassinatos em série em Iguatu, no interior do Ceará, foram condenados a prisão por assassinato nesta terça-feira (26). Segundo investigação da Polícia Civil eles mataram quatro pessoas após atraí-las para uma região erma na zona rural da cidade. O objetivo, conforme confessaram em depoimento, era realizar um ritual macabro que os faria ganhar o prêmio máximo da Mega-Sena.
Eles são acusados de matar quatro pessoas e foram condenados no caso que apurava especificamente o assassinato de Mikael de Souza Melo, morto em 12 de outubro de 2017. Como as outras vítimas, Mikael de Souza foi assassinado com um tiro na cabeça, quando estava com a nuca, como parte do ritual macabro.
Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva foram condenados à prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Gleudson foi sentenciado a 19 anos, 4 meses e 15 dias em regime fechado; e Roberto, a 18 anos, 5 meses e 15 diasd e prisão.
Os dois já tinham sido condenados em dezembro de 2021 pela morte do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier, encontrado morto em uma cova.
A Polícia Civil concluiu que os homens mataram não só o estudante, mas também outras três pessoas da mesma forma.
Segundo a investigação, eles atraíam vítimas a um sítio, faziam um ritual com o rosto da pessoa e atiravam na nuca. Um dos condenados desejava também ter “poderes divinos”, mulheres e “poder para desafiar qualquer um”, afirmou, na época, o delegado da Polícia Civil Marcos Sandro Lira.
“Eles escolhiam aleatoriamente. Eram serial killers psicopatas que se fingiam de religiosos para se infiltrar na sociedade. Eles escolhiam pessoas frágeis psicológica e emocionalmente, mas se [a vítima] fosse alguém que tinha alguma rixa com eles, era um alvo preferencial”, disse Sandro Lira.
O cadáver do estudante morto foi encontrado nas proximidades da casa de Roberto Alves, apelidada pelos investigadores como “Casa da Morte”, em função de ser o local no qual eram praticados rituais ‘macabros e sinistros’, diz o Ministério Público do Ceará. Roberto também foi sentenciado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.
Fonte: G1 CE