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Alto volume de chuvas podem impactar positivamente no início da safra 2022/2023

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O verão no Hemisfério Sul começa às 18h48 (horário de Brasília) da próxima quarta-feira (21/12) e termina no dia 20 de março de 2023 às 18h25.

O período reflete o aumento da temperatura em todo País em função da posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo com condições favoráveis à chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

No verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o País, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste, onde geralmente os totais de chuvas são inferiores a 400 milímetros (mm).

 

Figura 1: Climatologia (média histórica) de chuva para o trimestre janeiro/fevereiro/março. Referência: 1981 – 2010.

Figura 1: Climatologia (média histórica) de chuva para o trimestre janeiro/fevereiro/março. Referência: 1981 – 2010.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas, na estação, são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de chuva podem ser observados nas regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 mm (Figura 1).

Devido às suas características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem muita importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia (por meio das hidrelétricas) e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

Prognóstico Climático para o Período Janeiro, Fevereiro e Março/2023 na região Nordeste

A previsão do INMET indica que haverá predomínio de chuvas acima da climatologia em grande parte da região, durante os meses de janeiro a março/2023 (Figura 3a). Assim como na Região Norte, a continuidade das chuvas na Região Nordeste está associada aos impactos da La Niña e ao padrão de águas ligeiramente mais aquecidas próximas à costa nordestina.

Em áreas da Bahia, Sergipe e Alagoas existe a probabilidade de ocorrer chuvas ligeiramente abaixo da média. A temperatura do ar deve predominar próxima e acima da média histórica em grande parte da região nos próximos meses, exceto no norte dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará, onde as temperaturas poderão ser ligeiramente abaixo da média, devido a dias consecutivos com chuva (Figura 3b).

Possíveis Impactos das chuvas no início da safra 2022/2023

Com a previsão dos modelos climáticos indicando o enfraquecimento do fenômeno La Niña já em janeiro e a possível transição para a neutralidade nos meses seguintes, surge a questão sobre qual será o impacto deste evento na safra de verão 2022/23.

Além disso, é importante destacar que que o clima no Brasil não é apenas influenciado pela atuação desse fenômeno, existindo outros fatores que devem ser considerados e que também interferem nas condições de tempo e clima, fazendo com que a previsão climática nas regiões produtoras seja avaliada com atenção.

No MATOPIBA, região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, as chuvas acima da média observadas principalmente em novembro foram responsáveis por manter os níveis de água no solo elevados, favorecendo as fases iniciais dos cultivos de verão.

Para os próximos meses, a efetivação da previsão de chuvas acima da média na região, com exceção de áreas do sul de Tocantins e oeste da Bahia, principalmente em janeiro de 2023, podem auxiliar na manutenção da umidade no solo e favorecer as culturas na região, como a soja, milho primeira safra e algodão.

No Brasil Central, o retorno gradual das chuvas, que foi observado nos últimos meses, contribuiu para um aumento dos níveis de água no solo e tem sido importante para o estabelecimento das culturas de verão no campo, como a soja, milho, feijão e algodão.

No entanto, as chuvas irregulares previstas para os próximos meses, além de um possível veranico, ou seja, chuvas abaixo da média, principalmente no mês de janeiro de 2023 em áreas de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, podem impactar negativamente o armazenamento de água no solo e as culturas que se encontrarem em estágios fenológicos mais sensíveis.

Já na Região Sul, a redução das chuvas em grande parte da região influenciada principalmente pela persistência do fenômeno La Niña, em especial no Rio Grande do Sul, causou restrição hídrica nas fases iniciais dos cultivos de verão.

Além disso, as chuvas previstas dentro ou abaixo da média podem reduzir os níveis de água no solo, principalmente em áreas do centrossul do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, e impactar negativamente as culturas agrícolas que se encontrarem em estádios fenológicos mais sensíveis como a soja, milho primeira safra e feijão.

 

 

 

 

Fonte: 180

 

 

 

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