Após pressão, PL do aborto deverá ter votação adiada na Câmara
Após protestos e pressão interna e externa, o Projeto de Lei que equipara o aborto após a 22ª semana de gestação poderá ter a votação postergada na Câmara dos Deputados. Na última semana, o Legislativo aprovou a urgência na apreciação do texto, o que libera a pauta para votação sem precisar passar por comissões.
O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), um dos principais alvos de críticas por causa da votação relâmpago da urgência do texto, já sugeriu que a pauta deve ser colocada na geladeira. A expectativa é de que a votação seja postergada para depois das eleições municipais de outubro.
O governo federal, que não se opôs à aprovação da urgência — gesto que foi visto como uma tentativa de não se desgastar com a ala evangélica —, agora busca trabalhar com líderes de bancada para barrar o avanço da proposta.
Desde a aprovação do PL, diversas manifestações em protesto contra o projeto foram realizadas em capitais do país. No sábado, seis cidades receberam atos, incluindo São Paulo e Belo Horizonte. Ontem, foi a vez de Vitória e Palmas. Nesta segunda-feira (17), o Recife será palco de um movimento, na Praça do Derby.
Por JC