Após recuperação judicial, juiz defere pedido e ‘congela’ os débitos do Santa Cruz
A semana do Santa Cruz foi bastante agitada nos bastidores jurídicos do clube. Na quarta-feira (21), o Tricolor entrou com uma ação na 9ª Vara Cível da Comarca do Recife, com um pedido de recuperação judicial para evitar o leilão do Arruda e de outros bens do patrimônio da Cobra Coral. E já nesta quinta-feira (22) o pedido foi deferido pelo juiz Arnóbio Amorim Araújo Júnior. Com isso, além do leilão, também foram suspensas todas as execuções e dívidas envolvendo o clube.
Com a confirmação, o Santa Cruz deu mais um importante passo para a implementação do modelo de Clube-Empresa, um planejamento que já vem sendo estudado pelo clube, que conta com uma Comissão Extraordinária de Estudos e Viabilidade da SAF. Porém, entre as determinações do juiz, o Tricolor terá um prazo de 180 dias para elaborar e apresentar seu plano de recuperação judicial sobre negociação de suas dívidas.
Em nota oficial, o Conselho Deliberativo e a Comissão que vem tratando dos assuntos envolvendo a SAF, confirmaram que em 2021 o passivo do Santa Cruz alcançou R$ 222 milhões. Com isso, consideram que a reestruturação econômica do time é uma das questões mais importantes para o Tricolor se recuperar e voltar aos seus melhores dias.
“O Conselho parabeniza o Poder Executivo pela medida, que permite ao clube reorganizar suas finanças e pagar os credores de forma estruturada, sem comprometer sua viabilidade”, disse o CD coral, em nota. Por meio de sua assessoria de imprensa, o clube também anunciou uma coletiva com o presidente Antônio Luiz Neto e o advogado Eduardo Paurá, que cuida das recuperações judiciais e medidas cautelares do clube, que acontecerá nesta sexta-feira (23), às 10h, no auditório do Santa Cruz.
Foto: Paulo Paiva/DP Foto