Árbitro é agredido com soco após marcação de pênalti em partida no Equador
Uma cena lamentável marcou o futebol do Equador neste final de semana. No sábado, o árbitro Álex Cajas, responsável por apitar a partida entre Aucas e Macará, líder e lanterna do Campeonato Equatoriano, respectivamente, foi agredido com um soco no rosto após a marcação de um pênalti. As imagens viralizaram nas redes e causaram revolta.
A agressão aconteceu nos acréscimos do segundo tempo da partida. Cajas foi chamado ao VAR para revisar um possível pênalti para o Aucas. Após rever o lance, o árbitro decidiu pela marcação da penalidade máxima, revoltando jogadores e comissão técnica do Macará, que partiram para cima do juiz.
Um dos mais revoltados, o treinador de goleiros Héctor Lautaro Chiriboga não se conteve e desferiu um soco no rosto de Álex Cájas. O árbitro chegou a ir ao chão com a agressão e a partida ficou paralisada por cerca de cinco minutos. Dois cartões vermelhos foram distribuídos.
Apesar da confusão, o jogo seguiu e o zagueiro Luis Cangá converteu a penalidade para o Aucas. O mais curioso é que ainda houve tempo para o árbitro marcar um outro pênalti, desta vez para o Macará. Facundo Rodríguez foi para a marca da cal e deixou tudo igual. A partida terminou em 1 a 1.
Nesta segunda-feira, a Federação Equatoriana de Futebol (FEF) divulgou um comunicado oficial lamentando o episódio, afirmando ainda que Álex Cajas passou por exames médicos e se encontra bem.
“Repudiamos todo tipo de agressão, física ou verbal que atentem contra a integridade de todos os atores do futebol equatoriano e vão de encontro com o bom nome e prestígio do nosso esporte”, escreveu.
Essa não é a primeira vez neste ano que o futebol equatoriano é palco de um episódio de violência contra um árbitro. No início do mês, cerca de 30 torcedores do Deportivo Quito invadiram o gramado do Estádio Olímpico Atahualpa e bateram no árbitro Diego Lara na partida contra o Espoli pela terceira divisão do Campeonato Equatoriano.
O caso gerou grande repercussão no país. Os torcedores se irritaram com as expulsões de Carlos Angulo e Luis Mosquera e entraram no gramado após o apito final. Segundo a imprensa equatoriana, um torcedor foi detido pela polícia durante a revolta e foi levado para uma Unidade Judicial.
Por Estadão Conteúdo