Argentina e França vão se enfrentar pelo Tri como grandes rivais do passado
Pela quinta vez na história das finais do Mundial de futebol duas seleções se enfrentam com o mesmo número de títulos em busca de uma marca para ficar à frente do rival. Argentina (1978 e 1986) e França (1998 e 2018) jogam neste domingo (18) pela decisão da Copa do Qatar, às 12h de Brasília, em busca do Tri.
O principal confronto neste nível foi justamente o primeiro. Brasil (1958 e 1962) e Itália (1934 e 1938) eram bicampeões quando chegaram à final na Cidade do México, em 1970. Quem ganhasse aquela Copa seria o primeiro Tri da história e ganharia um prêmio: a posse definitiva da taça Jules Rimet.
Comandada por Pelé, a seleção brasileira goleou por 4 a 1 e levou para o Rio o troféu. No início dos anos 1980, a Jules Rimet foi roubada e derretida. Talvez por isso a nova taça da Copa do Mundo, que tem esse nome, jamais ficará definitivamente com algum país – o campeão volta para casa com uma réplica.
Doze anos depois, na Espanha em 1982, novamente a Itália tinha uma batalha pelo Tri, desta vez contra a Alemanha (1954 e 1974). E depois de despachar o Brasil na segunda fase, os italianos foram campeões ganhando por 3 a 1.
Em 1990, na Itália, a Argentina teve sua primeira chance de conquistar pela terceira vez a Copa do Mundo, quatro anos depois de ganhar a segunda.
Com Diego Maradona, que deu aquele passe magistral para Caniggia marcar e eliminar o Brasil nas oitavas de final, os argentinos perdem a decisão para a Alemanha, 1 a 0, que finalmente se tornava Tri.
Após 24 anos da final no México, Brasil e Itália estavam novamente frente a frente para assumirem a liderança das taças em Copas do Mundo, desta vez o Tetra. Nos EUA, em 1994, a decisão foi para os pênaltis, Baggio chutou a bola nas nuvens e o Brasil venceu pela quarta vez.
De 1998 até agora, novos campeões apareceram, como a França, que ganhou em casa e é a atual campeã, e a Espanha, em 2010.
O Brasil se tornou o único Penta, em 2002, e Itália e Alemanha conseguiram o Tetra, respectivamente em 2006 e 2014, mas não houve mais embates entre seleções com o mesmo número de taças. Até este domingo.
MARCEL RIZZO
SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS)