Balança comercial potiguar registra superávit de US$ 13,3 milhões em janeiro
O Rio Grande do Norte apresentou bom desempenho no mercado internacional em janeiro deste ano. A corrente de comércio do estado chegou ao patamar de US$ 128,3 milhões no primeiro mês de 2024. Isso porque as exportações geraram um faturamento para os setores exportadores cifras da ordem de US$ 70,8 milhões, enquanto as importações, mesmo com alto crescimento, não atingiram volume necessário para ultrapassar o valor total dos envios, somando US$ 57.5 milhões. Por isso, a balança comercial potiguar fechou janeiro com um superávit de US$ 13.3 milhões.
Os números estão na edição de janeiro do Boletim da Balança Comercial do RN, um informativo elaborado mensalmente pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O informativo acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante a série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.
As exportações do óleo de petróleo combustível (fuel oil) foram decisivas para o saldo positivo, que foi 75,8% menor que o de janeiro de 2023. As remessas do hidrocarboneto chegaram a mais de 39 mil toneladas do produto, enviadas para o Panamá. Isso equivale a um volume de US$ 20,9 milhões, total que ultrapassa o valor do superávit da balança no mês. Além do fuel oil, o Rio Grande do Norte também obteve resultados positivos na exportação de melões frescos, que foram os segundos itens mais enviados do estado para o mercado internacional. Foram exportadas mais de 21 mil toneladas da fruta, que gerou um volume de US$ 15,3 milhões para as empresas exportadoras.
Também entraram na pauta de exportação potiguar de janeiro os açúcares, advindos da cana de açúcar, que resultou no volume de US$ 11,2 milhões, em função do envio de mais de 15 mil toneladas da commodity. Já as melancias foram responsáveis por um volume de US$ 10,2 milhões, ocupando a quarta posição no ranking das mercadorias mais exportadas. O sal marinho ficou em quinto lugar nessa relação pelo volume de US$ 2,8 milhões.
Segundo o melhor resultado
Com isso, as exportações totais do estado somaram US$ 70,8 milhões, o segundo melhor resultado para o mês de janeiro dos últimos cinco anos, atrás apenas de janeiro de 2023, quando o volume exportado chegou a US$ 75.9 milhões. assim, houve um recuo de 6,8% no comparativo com janeiro do ano passado. Além do Panamá, os principais destinos das mercadorias do Rio Grande do Norte foram Costa do Marfim (US$ 11,2 milhões), Países Baixos (US$ 8,5 milhões), Reino Unido (US$ 6,6 milhões) e Estados Unidos (US$ 6,4 milhões).
No que se refere às importações, os eletrogêneos eólicos, vindos da China, foram os equipamentos mais importados pelas empresas que atuam neste segmento de energia no Rio Grande do Norte. O total investido foi de US$ 17,7 milhões. O estado também importou gasolina, o segundo item mais adquirido pelo estado dos Países Baixos, com um volume de US$ 11,3 milhões.
O óleo diesel (gasóleo) comprado dos Estados Unidos foi o terceiro produto mais importado, com aproximadamente US$ 9,2 milhões aplicados.
A lista dos cinco mais é completada com o trigo e as misturas com centeio argentinos e uruguaios, que somaram US$ 4,4 milhões, e aparelhos alemães usados para ensino e exposições, somando pouco mais de US$ 1,1 milhão. O resultado da compra dessas e outras mercadorias chegou a um total de US$ 57,5 milhões, o que representa um aumento de 175,3% no comparativo com janeiro do ano passado, quando as negociações atingiram US$ 20,9 milhões.
Na relação entre exportações e importações, o saldo da balança comercial no primeiro mês deste ano foi positivo, com um superávit de US$13,3 milhões. Esse valor representa uma redução de 75,8% quando comparado ao volume do saldo da balança no mesmo período do ano passado, quando o superávit havia sido de mais de US$ 55 milhões.