Bolsonaristas se esbaldam com dinheiro do fundão
Não faz muito tempo que parlamentares bolsonaristas usavam suas redes com frequência para criticar o bilionário fundo eleitoral. “Excrescência”, “escárnio” e “inaceitável” foram algumas das palavras de efeito usadas para condenar a aprovação de R$ 5,7 bilhões de verba pública para financiar candidaturas políticas.
Na mesma tônica do presidente Jair Bolsonaro, todos destacaram que foram eleitos em 2018 sem precisar de tempo de TV e gastar rios de dinheiro. A campanha deste ano mal começou e esse discurso já caiu por terra.
A tropa que se elegeu há quatro anos pelo PSL e migrou junto com Bolsonaro para o PL já pegou mais de R$ 20 milhões do fundo eleitoral ou do fundo partidário para bancar suas campanhas à reeleição até o momento, segundo balanço parcial do Tribunal Superior Eleitoral.
O próprio Jair Bolsonaro puxa a fila, com R$ 10 milhões do fundo partidário do PL. O valor é mais que o dobro do que o presidente declarou ter utilizado na campanha de 2018 — na ocasião, ele informou ter gasto R$ 4,4 milhões, dos quais apenas R$ 20 mil tinham origem no fundo do PSL, o partido que integrava.
Agora, além dele, os bolsonaristas mais próximos do presidente também estão turbinando suas campanhas com verba do fundo. A começar pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que chamou o fundão de “excrescência” no ano passado. O filho 03 do presidente já recebeu R$ 500 mil do PL para tentar se reeleger por São Paulo, também mais do que o dobro do que ele disse ter gasto em 2018.
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Por Metrópoles