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Bolsonaro diz que nem todo político é igual ao falar contra voto nulo

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presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou desincentivar votos nulos e brancos e a abstenção em culto na Igreja Mundial do Poder de Deus, no Brás (centro de São Paulo). Ele afirmou que nem todo político é igual e que quem pensa assim acaba anulando o voto.

“Eu não sou igual àquele cara de nove dedos”, afirmou em referência ao seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Adesivos da campanha de Bolsonaro estavam à disposição na igreja.

Ao falar a evangélicos na manhã deste domingo (23), Bolsonaro afirmou que a censura chegou à imprensa e que o conteúdo do WhatsApp não pode ser alvo de controle, em referência a decisões do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra fake news.

O presidente voltou a se desculpar por usar palavrão: “Eu falo palavrão, mas não sou ladrão”.

Bolsonaro falou em censura, tema explorado por sua campanha. Decisões que geraram críticas por suposta censura por parte de bolsonaristas são a que expandiu os poderes do TSE no combate a fake news e a que abriu investigação contra a rede Jovem Pan por suposto tratamento desigual a candidatos.

“Ninguém pode controlar o que vamos escrever no zap”, disse ainda Bolsonaro.

“Vocês viram que a censura chegou na imprensa. […] O outro lado diz que a imprensa tem que ser censurada. A melhor maneira de censurar a imprensa é deixá-la livre. Quem por ventura vai derrubar o órgão de informação ou não é o povo”, disse, argumentando que o público irá escolher veículos que falem a verdade.

Nesse momento, o público gritou “Globo lixo”.
O presidente ainda repetiu, em seu discurso, fake news a respeito de ideologia de gênero e da economia.

Bolsonaro estava acompanhado do seu candidato ao Governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os dois estiveram juntos em evento evangélico da Igreja de Itaquera, zona leste de São Paulo, na noite de sábado (22).

Tarcísio repetiu seu discurso religioso da noite anterior, com parábolas em referência a eleição, que foi comparada por ele a uma disputa entre o bem e o mal.

Ele fez uso de fala semelhante em evento com evangélicos e Michelle Bolsonaro, na quarta (19).

“Deus tem uma bênção declarada para o Brasil. O Brasil vai ser próspero porque o bem vai vencer o mal”, disse.

Depois que Bolsonaro se disse incapacitado para exercer a Presidência e pediu desculpas por usar palavrão, Tarcísio também se empenhou em amenizar a imagem do presidente. A campanha de Lula tem explorado falas agressivas de Bolsonaro, além de frases insensíveis ditas durante a pandemia.

“Davi errou e pediu perdão, mas foi um grande rei. […] A madeira é torta, é dura, mas é a madeira escolhida”, disse em referência a Bolsonaro.

Fonte: Folhapress

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