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Despedida da Maternidade Evangelina Rosa tem abraço e emoção após mais de 500 mil partos

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Após mais de 50 anos de atuação, a Maternidade Dona Evangelina Rosa, na Avenida Higino Cunha, encerrou nesta sexta-feira (1) suas atividades com relatos emocionantes de funcionários e um abraço coletivo.

Na despedida houve choro, soltura de balões verde, cantos e um momento de fé com a oração do Pai Nosso. A mais antiga e maior maternidade do estado já realizou o nascimento de 519.730 bebês. O último nascimento na maternidade aconteceu às 00h36, nesta terça-feira (28).

A maternidade foi inaugurada oficialmente há 47 anos, mas antes disso já atuava tendo mais de 50 anos de existência.

O obstetra Joaquim Parente, de 79 anos, diretor de ensino e pesquisa da Maternidade, disse que o sentimento é de dever cumprido e que a unidade foi importante para a formação de profissionais de saúde além do salvamento de inúmeras vidas.

“Foi excelência no ensino, principalmente para na formação de recursos humanos e salvamentos de vida. Quando olhamos para trás podemos ter a condições de fazer a pergunta: o que faltou? Faltaram muitas coisas, mas o que a maternidade deixou de fazer? nada. É a sensação de dever cumprido e agradecimento. A maternidade viveu momentos de dificuldade, mas ela é como uma fênix, ressurge das cinzas e mais fortalecida. Acredito que a Maternidade escreveu uma belíssima história da obstetrícia no estado” disse Joaquim Parente que atua há 47 anos na instituição e fez o terceiro parto da unidade.

Joaquim Parente ocupou todos cargos de gestão existentes na maternidade. O médico e diretor, que ao todo já fez mais de 20 mil partos, participou do abraço coletivo e recebeu o carinho dos funcionários.

A diretora geral da Maternidade Evangelina Rosa, Carmen Viana, que trabalha há 33 anos na unidade, disse que os funcionários estão fazendo a despedida já que hoje conclui a transferência para o novo prédio situado na Avenida Presidente Kennedy.

“Estamos iniciando um novo ciclo com a nova maternidade que está com estrutura, equipamentos, tudo preparado para receber as parturientes e neonatais de alto risco” conta a gestora.

Segundo Carmen Viana, nesta sexta-feira continuam no prédio apenas 4 gestantes e 10 bebês que recebem cuidados médicos na UTI Neonatal. Já os novos partos estão sendo realizados na nova maternidade.

Emocionada, a enfermeira Magda Rogério Pereira, que trabalha há 31 anos na maternidade, disse que é um misto de felicidade e tristeza.

“Meus filhos nasceram aqui e aqui tiramos nosso sustento. É um misto de felicidade por ir para uma casa nova e tristeza por deixar uma história aqui”.

Com olhos cheios de lágrimas, Cleidiomar Oliveira, 61 anos, se emocionou ao lembrar dos 36 anos como técnica e agora enfermeira da Evangelina Rosa.

“Eu tenho e tive a oportunidade de construir com a minha família, filhos, vivendo nessa casa. Eu amo a Evangelina Rosa. A missão foi cumprida e que o novo venha melhor do que foi”.

A nova maternidade, a maior do Brasil:

293 leitos (sendo 171 de enfermarias)
30 leitos UTI neonatal
30 leitos UTI semi-intensiva (UCINCo)
15 leitos unidade Canguru
20 leitos UTI materno
Ambulatório

Fonte: Cidade Verde

 

 

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