Detentos usavam tampas de quentinhas para se comunicar em presídio
Nesta quarta-feira, 05, uma operação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, revelou um esquema de comunicação realizado por detentos e chefes de facção no Ceará.
De acordo com as informações divulgadas, um alvo da operação tinha a função de “salveiro geral” e era responsável por receber e repassar os recados através de tampas de marmitas. Com ele, foram apreendidas sete tampas de quentinhas com mensagens dirigidas a outros detentos.
“Em depoimento, o investigado disse que pegava a parte de alumínio da quentinha e afinava a ponta, visto que o alumínio solta uma substância preta que, molhada com sabonete, faz o traço ficar mais espesso, usando-a como se fosse um lápis”, detalhou o MPCE.
Nas mensagens, a polícia descobriu informações sobre o funcionamento da facção dentro do próprio presídio. Em um dos bilhetes, por exemplo, ficou claro que os familiares seriam incentivados a denunciarem supostas agressões sofridas dentro do estabelecimento.
Nesse contexto, a ação cumpriu um mandado de busca e apreensão e um de prisão preventiva contra um detento da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Juca Neto, localizada em Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza.
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