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Escala 6×1: dois deputados piauienses votaram a favor da PEC

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Os deputados federais piauienses começaram a se manifestar sobre o projeto de lei apresentado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) que propõe o fim da escala de trabalho 6 x 1, ou seja, a abolição da escala em que o profissional trabalha seis dias por semana e folga apenas um. Na última quinta-feira (07), foi apresentada na Câmara Federal uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê revisar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e acabar com a escala 6 x 1 para o trabalhador brasileiro. E dois dos 10 deputados federais piauienses já se manifestaram a favor da proposta.

Merlong Solano, do PT, foi o primeiro a se posicionar a favor. Nas redes sociais, o parlamentar afirmou estar “do lado do trabalhador contra a jornada 6×1”. “Eu sempre defendi a classe trabalhadora. E agora estou do lado do trabalhador contra a jornada 6×1”, escreveu.

“Quem acorda cedo para trabalhar e garantir o seu sustento e da sua família merece salário justo e condições de trabalho adequadas. Por isso assinei a PEC pelo fim da jornada 6×1 no dia 3 de novembro. Estamos juntos nessa, trabalhador! Mais dignidade e qualidade de vida para quem ajuda a fazer o Brasil crescer”.

Outro deputado federal piauiense que já se manifestou a favor da proposta foi Florentino Neto, também do PT. Por meio das redes sociais, Florentino postou o voto favorável à PEC. “Estamos juntos na luta pela PEC DA VIDA ALÉM DO TRABALHO. Na luta!!!! Fim da escala 6×1”, escreveu.

Além de Florentino e Merlong, o Piauí tem outros oito deputados federais. São eles:

  • Átila Lira (PP);
  • Castro Neto (PSD);
  • Dr. Francisco Costa (PT);
  • Flávio Nogueira (PT);
  • Jadyel Alencar (Republicanos);
  • Júlio Arcoverde (PP);
  • Júlio César (PSD);
  • Marco Aurélio Sampaio (PSD).

Para que o texto tramite no Legislativo Federal, é preciso que um terço dos parlamentares do Congresso assinem a PEC. Na Câmara, isso equivale a 171 congressistas. No Senado, isso corresponde a 27 senadores. Até o momento, toda a bancada do PSOL assinou o projeto e pelo menos 39 dos 68 deputados do PT, que tem a segunda maior bancada da Câmara, também assinaram.

Dentre as legendas que compõem a Câmara Federal, a maior resistência em assinar a PEC do fim da escala 6 x 1 é do PL. Maior bancada da Casa, com 92 parlamentares, o PL tem apenas dois deputados com o nome na lista dos que assinaram a proposta. Já na bancada do União Brasil, que reúne 59 congressistas, quatro assinaram a proposição, assim como represetantes do Republicanos, Progressistas, PSDB e Solidariedade.

A escala 6×1 é um modelo de jornada de trabalho em que o trabalhador tem direito a um único dia de descanso semanal, após trabalhar seis dias consecutivos. Esse tipo de jornada é comum em setores como comércio, supermercados, restaurantes e telemarketing. A legislação da CLT estabelece que, em uma jornada de trabalho de até 44 horas semanais, as horas podem ser distribuídas de forma flexível, incluindo até seis dias de trabalho.

Movimento VAT – Vida Além do Trabalho

O movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado por Rick Azevedo, busca contestar a escala 6×1, destacando os prejuízos à saúde mental e física dos trabalhadores. A ideia central do VAT é garantir que os trabalhadores tenham mais tempo para suas vidas pessoais e familiares, promovendo um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. O movimento ganhou força após um vídeo de Azevedo no TikTok, em que ele denuncia as condições de trabalho e defende melhores condições para os profissionais. A campanha já conta com uma petição online e ações em várias partes do Brasil.

Os defensores da PEC argumentam que a jornada 6×1 causa sérios danos à saúde mental e física dos trabalhadores, levando ao esgotamento, doenças ocupacionais como o burnout e até à morte, como indicado por dados da Organização Mundial da Saúde. Eles defendem a implementação de uma jornada mais equilibrada, que permita aos trabalhadores conciliar trabalho, descanso e vida pessoal. Por outro lado, críticos da proposta temem que a alteração na jornada de trabalho possa aumentar os custos para os empregadores e afetar a dinâmica de setores que dependem de trabalho contínuo, como os de serviços e comércio.

Fonte: Portal O Dia

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