Homem encontrado morto em BH é o assassino de Barbara Victoria, afirma delegado
O homem de 50 anos encontrado morto em Belo Horizonte no último dia 3 é o assassino da menina Barbara Victoria Vitalino Rodrigues, 10, que teve o corpo encontrado em um matagal de Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital, um dia antes.
As informações são do delegado responsável pelas investigações, Fábio Werneck. O homem, identificado como Paulo Sérgio de Oliveira, forneceu voluntariamente material para realização de exame de DNA um dia antes de morrer. Ele teria cometido suicídio.
O resultado foi confrontado com secreções encontradas no corpo de Barbara. A menina foi estuprada e morreu enforcada.
As investigações concluíram ainda que o corpo da menina foi jogado no matagal ainda no domingo (31), data em que Barbara desapareceu depois de sair de casa por volta das 17h30 para ir à padaria.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o corpo foi deixado no matagal ainda no domingo por volta das 21h30. As investigações ainda não apontaram exatamente como ocorreu o encontro de Oliveira com a menina e o que o homem teria feito para conseguir a atenção da menina.
Também não há confirmação sobre o local onde ocorreram o estupro e o assassinato.
Imagens de câmeras de segurança mostram Barbara na padaria e correndo por uma calçada. Amigos da família dela disseram no velório da menina que ela tinha o hábito de se deslocar assim, e que isso não teria relação com o encontro com Oliveira. Outra gravação registra os dois conversando.
Por ainda haver apurações a serem feitas, o inquérito não será encerrado. A polícia não descartou a possibilidade de que outra pessoa tenha participação na morte de Barbara, o que poderia ter ocorrido, por exemplo, no transporte do corpo até o matagal.
A investigação apura, com base também em imagens de câmeras de segurança, se um carrinho de mão foi utilizado para levar o corpo até o local onde foi deixado.
O assassino de Barbara, conforme as conclusões da Polícia Civil, chegou a ser levado para uma delegacia na segunda (1º). Depois de ouvido foi liberado. “Até então não havia provas de que havia cometido nenhum crime”, justificou o delegado.
O responsável pelas investigações confirmou que Oliveira tinha feito um serviço elétrico na casa da família de Barbara na sexta (29). Familiares informaram à corporação, no entanto, que a mãe da menina e outras pessoas estavam na casa, e que em momento algum os dois teriam ficado sozinhos.
Oliveira foi encontrado morto na casa de uma tia em Belo Horizonte. O homem já havia passado pela casa de outros parentes, mas todos tinha receio em recebê-lo, conforme o delegado. “Ele estava jurado de morte no bairro em que vivia em Ribeirão das Neves”, afirmou.
Por Folhapress