Israel anuncia que não vai seguir resolução de Conselho da ONU
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Uma hora depois de o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovar, nesta quarta-feira (15), a resolução de Malta para a guerra entre Israel e o Hamas, o governo israelense anunciou que não seguirá as orientações da proposta, que pede proteção às crianças palestinas, pausas humanitárias em Gaza e a libertação dos reféns em poder do grupo terrorista.
A recusa de Israel acontece diante de um texto que reforça a proteção total às crianças ao estabelecer que “todas as partes do conflito devem cumprir com suas obrigações perante as leis internacionais.” Foi a quinta tentativa do conselho de chegar a um consenso sobre o conflito, e a proposta foi aprovada com 12 votos a favor, nenhum contra e as abstenções de Rússia, Estados Unidos e Reino Unido.
Durante a reunião em Nova York, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Tomas-Greenfield, disse que Gaza e Cisjordânia devem se tornar um território soberano controlado pela Autoridade Palestina. Em defesa do proposta, a embaixadora de Malta, Vanessa Frazier, disse:
“Mais de 4,6 mil crianças teriam sido mortas em Gaza, e cerca de 1,5 crianças estão desaparecidas, muitas certamente presas nos escombros. As vidas dos recém-nascidos e de bebês prematuros no hospital de Al-Shiva estão em perigo real e imediato. (…) Semana passada, o secretário-geral (António Guterres)” disse que ‘Gaza está se tornando um cemitério para crianças’, e esse alerta gritante não pode deixar de ser ouvido.”
Na resolução proposta por Malta estavam: pausa no conflito durante tempo suficiente para que a ajuda humanitária chegue aos civis de Gaza, especialmente às crianças; libertação dos reféns israelenses em poder do Hamas; evacuação médica de crianças doentes ou feridas e de seus cuidadores; e esforços de resgate e recuperação de pessoas, inclusive de crianças desaparecidas em edifícios danificados e destruídos.
Foto: Reuters
Por Globo News
