Médico explica úlcera gástrica
A úlcera péptica consiste em uma lesão na camada mucosa do esôfago, do estômago ou do duodeno – a parte inicial do intestino –, decorrente de falhas no sistema de proteção desse revestimento.
Numa situação normal, o aparelho digestório produz muco e substâncias neutralizantes para não ser agredido pelo suco gástrico liberado para digestão dos alimentos, composto principalmente de ácido clorídrico e pepsina. No entanto, a presença continuada de alguns agressores desequilibra esse mecanismo, de um lado aumentando a produção do suco digestivo e, de outro, reduzindo a espessura da parede da mucosa – pela ausência da camada de muco –, o que facilita a penetração dos ácidos que, em última instância, causam a lesão.
A úlcera afeta bastante a qualidade de vida das pessoas, mas, na maioria dos casos, pode ser tratada sem provocar maiores complicações. Na falta de tratamento, contudo, existe o risco de a lesão atingir camadas mais profundas e provocar sangramento ou, ainda, de perfurar a mucosa, ocasionando o vazamento do conteúdo gástrico para a cavidade CAUSAS E SINTOMAS
“O sintoma mais comum da úlcera é a dor na região central do abdome, que aparece algumas horas após as refeições. A manifestação costuma ser referida como queimação ou dor de fome, no meio da noite, o que é bastante característico da úlcera. Além desse sintoma, a pessoa também pode ter náuseas, vômitos, perda de apetite, sensação de estômago cheio ou empachamento e, nos casos mais graves, sangramento que pode ser percebido nas fezes ou no vômito. Em 90% dos casos, a causa da úlcera péptica é uma bactéria chamada Helicobacter pylori, que está presente em pelo menos 60% da população.
Por Ediceu Justino-Médico