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Petrobras reduz preço médio do gás de cozinha em 6%

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A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (22) uma redução de 6% no preço médio do GLP, o gás de cozinha vendido em botijão. O corte entra em vigor nesta sexta (23) nas refinarias. É o segundo consecutivo desde a semana passada.

Com a nova baixa, o preço para as distribuidoras passará de R$ 4,0265 para R$ 3,7842 por quilo. Assim, o valor médio do botijão ficará em R$ 49,19, o equivalente a uma queda estimada de R$ 3,15 nos 13 quilos.

Em nota, a Petrobras voltou a associar a redução ao comportamento dos preços de referência. A estatal afirma que “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”.

No dia 12, a companhia havia anunciado uma baixa de 4,7% no gás de cozinha para as distribuidoras. Porém, como mostrou reportagem da Folha, o valor do botijão nas revendas subiu durante a semana passada, de acordo com a pesquisa de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

A alta para o consumidor foi de 1,2%, e o produto passou de R$ 111,91 para R$ 113,25 na média nacional. Foi a terceira semana consecutiva de avanço. Os revendedores alegam que precisaram iniciar repasses do reajuste salarial dos seus trabalhadores.

Ao longo da pandemia, a carestia do gás de cozinha atingiu em cheio as famílias de renda baixa, já que o produto pesa mais no orçamento dos mais pobres. Com o aumento dos preços, parte dos brasileiros passou a preparar refeições com lenha e até álcool.

Beneficiários do Auxílio Brasil podem receber vale-gás a cada dois meses, desde que se enquadrem nos critérios do programa. Para definir o valor do benefício, o governo considera o preço médio do botijão de 13 quilos ao consumidor no semestre anterior.

Às vésperas das eleições, a Petrobras passou a anunciar a conta-gotas cortes nos valores de combustíveis como a gasolina.

Levantamento do OSP (Observatório Social do Petróleo), a pedido da Folha, mostrou que a companhia adotou estratégias diferentes de precificação nos momentos de alta e de baixa das cotações internacionais do petróleo em 2022.

Quando o petróleo subia, a empresa realizava menos reajustes e praticava preços abaixo das cotações internacionais, segurando o repasse às bombas. Com o petróleo caindo, passou a anunciar reduções frequentes e acompanhar o mercado externo mais de perto.

Para Eric Gil Dantas, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais, os dados indicam que a execução da política de preços esteve sujeita a pressões durante o ano eleitoral. A Petrobras indicou que não há periodicidade definida para os reajustes de diesel e gasolina.

Em atos de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem usado a queda dos combustíveis como argumento para elogiar o quadro atual da economia brasileira.

Até agosto, o gás de botijão acumulou inflação de 18,42% em 12 meses, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Fonte: Folhapress

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