Rio Marathaoan pode chegar ao nível de alerta em Barras nas próximas horas, diz CPRM
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) estima que o nível do rio Marathaoan em Barras pode atingir a cota de alerta nas próximas horas. Segundo Cláudio Damasceno, engenheiro do órgão, a elevação das águas do afluente segue sendo monitorada e pode ser impactada a depender da intensidade e volume das chuvas.
“Ele ultrapassou essa cota de atenção e vem se mantendo mais ou menos constante. Oscilando devido a alguma chuva que ocorre. Nesse momento ele está 20 centímetros abaixo da cota de alerta. Caso ocorram chuvas significativas nesse intervalo de tempo ou nas próximas horas, pode ser que ele chegue na cota de alerta”, disse o técnico.
O último boletim divulgado pelo CPRM informava que o nível do rio Marathaoan atualmente é de 346 centímetros, com “possibilidade moderada de ocorrência de inundação” por estar acima dos 320 centímetros da cota de atenção e relativamente próximo dos 370 centímetros da situação de alerta.
No começo da tarde desta quarta-feira (8) o nível do rio Marathaoan chegou a alcançar os 352 centímetros, porém, a última medição do CPRM realizada por volta das 16h45 constatou que o nível havia caído para 348 centímetros.
“As chuvas geralmente ocorrem nos finais da tarde e se prologam ao longo da noite. No momento a situação é de estabilidade, mas se ocorrer uma chuva mais intensa pode ser que o nível do rio aumente”, pontuou o engenheiro do CPRM.
Bacia do Parnaíba
Todos os demais rios monitorados se encontram dentro da faixa esperada para esse período do ano, porém, o órgão ressalta que a previsão de chuvas registradas nas estações de monitoramento de Barão de Grajaú, Teresina e Esperantina apresentam valores acima do esperado de 71%, 21% e 14%, respectivamente.
Caso a previsão pluviométrica com maiores volumes na porção mais ao Norte da bacia do Parnaíba nos próximos sete dias se confirme, o CPRM avalia que pode ocorrer a elevação do nível dos rios nas porções mais ao Centro/Norte do estado. A situação é ainda mais alarmante se considerando o previsto para o período chuvoso.
Segundo Cláudio Damasceno, a tendência é que o CPRM intensifique o monitoramento e os alertas às Defesas Civis. “São no mínimo três boletins por dia, com antecedência de 8 a 12 horas, para que eles possam tomar as medidas para tirar o pessoal que está na margem do rio, os ribeirinhos, que estão nos pontos mais vulneráveis”, concluiu.
Breno Moreno
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