São Paulo: deputado bolsonarista já foi ligado a apologia à tortura e apoio a extremistas
O ataque do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) contra a jornalista Vera Magalhães soma-se a uma lista de polêmicas envolvendo o parlamentar bolsonarista. Antes de ser eleito, ele era ativista político e líder do grupo conhecido como “Direita São Paulo”. Em 2018, foi um dos responsáveis pela criação do bloco de carnaval conhecido como “Porão do Dops”. O Ministério Público de SP barrou a realização do desfile carnavalesco, alegando que enaltecia a tortura.
Um ano antes, Garcia havia agradecido o apoio do “Carecas do ABC”, grupo paulista de extrema-direita, em um protesto contra a filósofa Judith Butler.
Na Assembleia Legislativa de São Paulo, foram abertos sete processos contra o parlamentar. Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em abril de 2019, quando o deputado afirmou que, caso encontrasse uma transexual usando o mesmo banheiro que sua mãe ou sua irmã, a tiraria a tapa do local. Garcia foi advertido pelo Conselho de Ética da Alesp após suas declarações transfóbicas.
O parlamentar também vazou dados pessoais de opositores políticos. Em 2020, reuniu informações pessoais de cerca de mil pessoas que eram contra o governo Jair Bolsonaro. O documento ficou conhecido como “dossiê contra antifascistas”. Garcia foi condenado em 2021 a indenizar pessoas que tiveram seus dados compartilhados.
O deputado é alvo de inquérito do Supremo Tribunal Federal por ataques digitais e notícias falsas sobre a Corte. Ainda em 2020, foi expulso de sua antiga legenda, PSL, “por práticas que afrontam o estatuto do partido” ao se posicionar contra o STF e seus ministros. Ele também se posicionou contra o lockdown paulista durante a pandemia do novo coronavírus.
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