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Seleção brasileira joga em Seul para diminuir dúvidas de Tite a 5 meses da Copa

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A seleção brasileira aproveita os amistosos na Ásia nesta penúltima Data Fifa antes da Copa do Mundo do Catar para afinar o entrosamento, dar oportunidade aos que ainda não estão garantidos no Mundial e criar o ambiente ideal faltando pouco mais de cinco meses para começar a caminhada com o desejo de conquistar o hexa. O adversário desta quinta-feira é a Coreia do Sul. O jogo contra os sul-coreanos será disputado às 8h (de Brasília), em Seul, no Estádio Copa do Mundo, palco de abertura do Mundial de 2002, provavelmente sem Neymar.

Neymar levou um pisão no pé direito e deixou mais cedo a última atividade antes da partida. O local da pancada ficou inchado. Não se sabe também se o craque do Paris Saint-Germain estará apto para enfrentar o Japão, segunda, às 7h20, em Tóquio. “Todo mundo quer jogar, mas cada jogador se recupera em um ritmo diferente”, afirmou Tite.

“É uma preparação importante, um momento decisivo que termina uma etapa de Eliminatórias importante. Tem essa concorrência do atleta que quer ir e fomento essa competição leal entre eles”, completou o treinador, que diz ter uma lista com 50 atletas em seu radar. Destes, 26 estarão na lista final.

Haveria um duelo com a Argentina, mas o arquirrival desistiu de jogar. A seleção deve se reunir somente mais uma vez antes da Copa, em setembro, para amistosos e também no jogo válido pelas Eliminatórias contra a Argentina, o “clássico da Anvisa”, que acabou em agosto do ano passado. Existe a possibilidade de fazer amistosos às vésperas da Copa, mas o martelo ainda não foi batido.

A princípio, nenhum jogador que esteve na final da Liga dos Campeões em Paris no último sábado jogaria. Mas Tite decidiu abrir uma exceção para colocar Casemiro entre os titulares em virtude de o volante ser “bem dotado fisicamente”, e, se Neymar não puder atuar, Vinicius Junior, estrela do título europeu conquistado pelo Real Madrid há poucos dias, será o escolhido. Philippe Coutinho é outra opção.

Tite considera que os amistosos na Ásia são importantes para caras novas mostrarem “seu talento em campo” com a ideia de estarem na lista final para o Catar. Será possível convocar 26 jogadores e não mais 23. Essa ampliação no número de convocados acirrou ainda mais a disputa pelas vagas, especialmente no ataque, setor com mais selecionáveis.

É também mais uma oportunidade para o treinador testar diferentes formações para o Brasil a fim de eliminar dúvidas para a convocação final do Mundial de 2022. A seleção fez campanha irretocável nas Eliminatórias, torneio em que terminou invicto e não é derrotada há quase um ano. Em seus últimos três confrontos, aplicou goleadas por 4 a 0. O último revés foi para a Argentina na decisão da Copa América em julho de 2021.

No gol, o palmeirense Weverton assume o lugar de Ederson, cortado por lesão. Daniel Alves será o capitão da seleção diante da Coreia do Sul, que pode vir a ser o adversário da seleção nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar. “Vai ser um bom espetáculo pela característica das duas equipes, que gostam de jogo, de bola”, avaliou Tite.

SON, FÃ DE NEYMAR, É ESPERANÇA DOS COREANOS

O craque da Coreia do Sul é Heung-Min Son. É no astro do Tottenham, artilheiro do último Campeonato Inglês, em quem confiam os sul-coreanos para surpreender o Brasil em Seul. Son disse que trabalha para ser o melhor do mundo, mas acredita que Neymar ocupe o posto no momento. “Neymar é o melhor jogador do mundo”, opinou.

Para o astro sul-coreano, o amistoso com o Brasil é o teste mais importante que a sua seleção terá na preparação para o Mundial. “O Brasil tem muito bons jogadores e penso que se dermos nosso melhor neste jogo, podemos ter um bom resultado. Mas são muitos jogadores de nível mundial no Brasil. Estamos ansiosos por esse jogo”.

Os sul-coreanos repetiram uma boa campanha nas Eliminatórias Asiáticas, ficaram atrás somente do Irã em seu grupo e querem solidificar seu estilo de jogo para avançar às oitavas de final da Copa, feito que só alcançaram em 2010 e 2002, quando sediaram o evento. A Coreia do Sul é comandado por um conhecido do futebol brasileiro, o técnico português Paulo Bento, que teve breve e discreta passagem pelo Cruzeiro.

Por Estadão

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