Subvariante BA.2 da Covid é registrada em 84% de amostras no Brasil
A subvariante BA.2 da variante ômicron do coronavírus registrou 84% de predominância em testes positivos da Covid-19 compilados por laboratórios. O dado foi divulgado pelo ITPS (Instituto Todos Pela Saúde) nesta quinta-feira (28) e também mostra um aumento na taxa de positividade das amostras coletadas.
O levantamento feito pelo instituto envolveu quase 8.000 testes feitos nos laboratórios Dasa e DB Molecular entre os dias 17 e 23 de abril. Nesse intervalo, a quantidade de exames positivos passou de 6,2% para 11,7% –no total, foram confirmados, portanto, 833 diagnósticos de Covid-19.
O instituto mensurou os casos provocados pela subvariante do Sars-CoV-2 com um teste chamado de PCR Especial, que detecta o gene S, de onde é possível inferir a sub-linhagem que causou a infecção.
Assim, o ITPS observou que, nesse período, 84,3% das amostras foram de BA.2. Antes, em levantamento também feito pela entidade, a subvariante já tinha mostrado um salto no Brasil. De 29 de fevereiro a 19 de março, ela passou de 3,8% a 27,2% entre os casos positivos analisados. Outro relatório divulgado pelo instituto em 14 de abril já tinha identificado a BA.2 em 69,3% das amostras.
No Brasil, há casos da linhagem BA.2 da variante ômicron desde fevereiro deste ano. Segundo o ITPS, ela já foi registrada em 122 municípios de 13 estados brasileiros.
A BA.2 demonstra ser mais contagiosa do que a cepa original da ômicron. Fora do país, ela também vem se alastrando: nos Estados Unidos, por exemplo, já é responsável por 85% dos casos, segundo o CDC (Centro de Controle de Doenças).
Nova subvariante identificada
Outras subvariantes do Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, continuam surgindo. Um desses casos foi de uma sub-linhagem confirmada nesta quarta-feira (27) na cidade de São Paulo.
Segundo a rede de laboratórios Dasa, a descoberta é proveniente da amostra uma criança que tem três anos de idade. O material foi coletado em 16 de fevereiro de 2022 para um exame do tipo RT-PCR.
O laboratório completa que essa recombinação do coronavírus é proveniente de outras duas subvariantes já detectadas da ômicron –a BA.1 e BA.2, aquela que vem tendo maior registro de casos.
Ainda de acordo com a rede de laboratórios, o Instituto Adolfo Lutz, ligado à Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, que atua nas áreas de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, já foi notificado.
A Secretaria de Saúde confirmou que já foi notificada pelo laboratório e que “o caso está em investigação epidemiológica pelo município de São Paulo”.
Por Folhapress